Do Conversa Afiada
A reconquista da Rocinha
e o preconceito do Estadão
Como previsto, a reconquista do território nacional da Rocinha neste domingo foi um sucesso.
Foi a demonstração de que uma Política de Segurança é possível.
O narco-trafico não controla mais a Rocinha, como controla capítulos do território do México.
É impossível acabar com o consumo de cocaína, porque, ali mesmo, embaixo da Rocinha, em alguns dos prédios mais elegantes do Rio, e ainda mais para o Sul, provavelmente há consumidores de cocaína.
(Provavelmente, em São Paulo se consome mais cocaína do que no Rio, já que em São Paulo se consome mais tela-plana, vinho Malbec e aspirina infantil. Mas, como se sabe, no PiG (*), o Rio consome mais cocaína que São Paulo.)
Como diz o Secretário Beltrame, traficante sem território é menos traficante.
Um sucesso.
E, dessa vez, o cinegrafista da Globo não merecerá um Emmy.
O Nem foi preso antes; não pode fugir.
(Preso e conduzido como um escravo a caminho do pelourinho, apesar da súmula-vinculante do Ministro Marco Aurélio de Melo.)
Apesar do retumbante sucesso, o Estadão insiste que foi um retumbante fracasso.
Por exemplo.
“Sobram criminosos (sic) e começa a faltar território para o domínio aberto (sic) no Rio em áreas mais distantes, nas quais as UPPs são apenas (sic) promessas (sic).”
Esses bancos credores que controlam o Estadão …
O Estadão tratou da reconquista do território da Rocinha na pág. C1, com todas as tintas do preconceito.
A começar pelo título: “Invasão da Rocinha vai abalar maior empresa do crime organizado no Rio”
Preconceito 1) : não é invasão nem foi.
Preconceito 2), embutido na generalização.
A Rocinha é muito mais do que a sede da “maior empresa do crime organizado no Rio”.
“De boca de fumo rentável nos anos 1980, a favela se tornou nos últimos anos uma das grandes produtoras e vendedoras de droga.”
A “reportagem” não oferece um fato, um número que comprove quaisquer das afirmações.
Nem sobre a Rocinha nos anos 80, nem de hoje.
É um exercício ficcional, com verniz de informação.
Quem tem a contabilidade do Nem ?
Onde está o balanço da “Nem S/C Ltda”, assim como os balanços transparentes do Estadão ?
A Rocinha não é um antro de drogas !
Nem nunca foi.
Quando este ansioso blogueiro trabalhava na rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, no Rio, na sede da Globo, 99,99% dos funcionários da área de serviços eram nordestinos, moradores da Rocinha.
Pergunte ao Bradesco.
Vá aos portais da Rocinha, aqui e aqui, e comprove a suspeita do Estadão: “aquilo” é um antro” !
Preconceito número 3: sobre o “crime organizado”.
O Estadão diz que a Rocinha vai abalar a “maior empresa do crime organizado do Rio”.
Este ansioso blog se permite discordar.
O “crime organizado” da Rocinha não chega nem perto, segundo a Polícia Federal, quando era Republicana, a duas inequívocas manifestações de “organização de crime”.
Na Operação Chacal, a PF Republicana achou os discos rígidos do banco Opportunity e denunciou a instituição e seus dirigentes como membros de uma facção do “crime organizado”.
A Operação Satiagraha, também do tempo em que a PF era Republicana, achou uns discos rígidos na parede secreta do dono do banco Opportunity e botou ele e a família na cadeia.
Tanto o banco Opportunity (que só é banco no nome) quanto a parede falsa ficam à beira mar no Rio.
Como a Rocinha.
E sobre eles, o Estadão, ah !… o Estadão !
A elite paulista do século XIX, que sobrevive, toda arranhada, no Estadão, parece ser da tese que “crime” só se organiza quando tem pobre, preto e …
Viva o Brasil!
Clique aqui para ler na Folha: “Operação na Rocinha acabou com o ‘jugo do fuzil’, diz Beltrame”.
Paulo Henrique Amorim
Foi a demonstração de que uma Política de Segurança é possível.
O narco-trafico não controla mais a Rocinha, como controla capítulos do território do México.
É impossível acabar com o consumo de cocaína, porque, ali mesmo, embaixo da Rocinha, em alguns dos prédios mais elegantes do Rio, e ainda mais para o Sul, provavelmente há consumidores de cocaína.
(Provavelmente, em São Paulo se consome mais cocaína do que no Rio, já que em São Paulo se consome mais tela-plana, vinho Malbec e aspirina infantil. Mas, como se sabe, no PiG (*), o Rio consome mais cocaína que São Paulo.)
Como diz o Secretário Beltrame, traficante sem território é menos traficante.
Um sucesso.
E, dessa vez, o cinegrafista da Globo não merecerá um Emmy.
O Nem foi preso antes; não pode fugir.
(Preso e conduzido como um escravo a caminho do pelourinho, apesar da súmula-vinculante do Ministro Marco Aurélio de Melo.)
Apesar do retumbante sucesso, o Estadão insiste que foi um retumbante fracasso.
Por exemplo.
“Sobram criminosos (sic) e começa a faltar território para o domínio aberto (sic) no Rio em áreas mais distantes, nas quais as UPPs são apenas (sic) promessas (sic).”
Esses bancos credores que controlam o Estadão …
O Estadão tratou da reconquista do território da Rocinha na pág. C1, com todas as tintas do preconceito.
A começar pelo título: “Invasão da Rocinha vai abalar maior empresa do crime organizado no Rio”
Preconceito 1) : não é invasão nem foi.
Preconceito 2), embutido na generalização.
A Rocinha é muito mais do que a sede da “maior empresa do crime organizado no Rio”.
“De boca de fumo rentável nos anos 1980, a favela se tornou nos últimos anos uma das grandes produtoras e vendedoras de droga.”
A “reportagem” não oferece um fato, um número que comprove quaisquer das afirmações.
Nem sobre a Rocinha nos anos 80, nem de hoje.
É um exercício ficcional, com verniz de informação.
Quem tem a contabilidade do Nem ?
Onde está o balanço da “Nem S/C Ltda”, assim como os balanços transparentes do Estadão ?
A Rocinha não é um antro de drogas !
Nem nunca foi.
Quando este ansioso blogueiro trabalhava na rua Lopes Quintas, no Jardim Botânico, no Rio, na sede da Globo, 99,99% dos funcionários da área de serviços eram nordestinos, moradores da Rocinha.
Pergunte ao Bradesco.
Vá aos portais da Rocinha, aqui e aqui, e comprove a suspeita do Estadão: “aquilo” é um antro” !
Preconceito número 3: sobre o “crime organizado”.
O Estadão diz que a Rocinha vai abalar a “maior empresa do crime organizado do Rio”.
Este ansioso blog se permite discordar.
O “crime organizado” da Rocinha não chega nem perto, segundo a Polícia Federal, quando era Republicana, a duas inequívocas manifestações de “organização de crime”.
Na Operação Chacal, a PF Republicana achou os discos rígidos do banco Opportunity e denunciou a instituição e seus dirigentes como membros de uma facção do “crime organizado”.
A Operação Satiagraha, também do tempo em que a PF era Republicana, achou uns discos rígidos na parede secreta do dono do banco Opportunity e botou ele e a família na cadeia.
Tanto o banco Opportunity (que só é banco no nome) quanto a parede falsa ficam à beira mar no Rio.
Como a Rocinha.
E sobre eles, o Estadão, ah !… o Estadão !
A elite paulista do século XIX, que sobrevive, toda arranhada, no Estadão, parece ser da tese que “crime” só se organiza quando tem pobre, preto e …
Viva o Brasil!
Clique aqui para ler na Folha: “Operação na Rocinha acabou com o ‘jugo do fuzil’, diz Beltrame”.
Paulo Henrique Amorim
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