quinta-feira, 31 de março de 2011
Amanhã, 1º de abril, marca os 47 anos do fatídico golpe civil-militar de 1964
quarta-feira, 30 de março de 2011
O grande Vice-Presidente
O adeus ao companheiro Zé Alencar
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula darão uma declaração conjunta sobre a morte do ex-vice-presidente José Alencar, em Coimbra, Portugal, onde os dois estão em viagem.
Alencar morreu às 14h41 de hoje. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e lutava contra um câncer.
"Vocês não podem ter a noção da importância dele para o presidente Lula. Nossa gratidão a ele é eterna."
O Secretário-Geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, lamentou nesta terça-feira (29) a morte do ex-vice-presidente José Alencar.
- O Alencar está no nosso coração e no coração de todos os brasileiros. À família, o nosso abraço mais fraterno, que ele continue a nos acompanhar e acompanhar o nosso povo.
Carvalho concedia uma entrevista sobre condições de trabalho nas obras do PAC quando foi informado por jornalistas sobre a morte de Alencar. Emocionado, o secretário-geral – que foi chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante oito anos, tendo contato direto com Alencar –, destacou a importância do ex-vice.
- Vocês não podem ter a noção da importância dele para o presidente Lula. Nossa gratidão a ele é eterna.
Carvalho foi questionado se Lula e a presidente Dilma Rousseff, que estão em viagem a Portugal, retornariam ao Brasil, mas emocionado, não teve condições de responder.
terça-feira, 29 de março de 2011
O que fazer?
Via blog do Favre 29/03/2011O dilema do PSDB aos 90 dias de Dilma
Raymundo Costa – VALOR
José Alencar, um grande brasileiro
A vida eterna de José Alencar
segunda-feira, 28 de março de 2011
Economia: países latino-americanos alinhados ao padrão brasileiro se beneficiarão mais que os alinhados ao México.
VIA BLOG DO FAVRE - 28/03/2011Brasil é modelo para a América Latina, diz BID
Denise Chrispim Marin – O Estado de S.Paulo
Continua a todo o vapor a campanha da mídia contra o ministro Guido Mantega.
domingo, 27 de março de 2011
"No Brasil, há muitos cantadores, artistas populares, poetas e educadores que cantam a vida do seu povo "
Passa nos anos 30 do século passado, nos EUA, período da Grande Depressão, depois da quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929. Woody mora em Oklahoma e faz de tudo um pouco. Pinta letreiros e paredes, é músico dos bons, música ‘country’ de raiz, mas não há emprego e trabalho, não há o que fazer, não há como viver e sobreviver. Os tempos são duros, crise do capitalismo, etc.
Um dia, Woody deixa um bilhete para a mulher e inicia longa viagem, o violão debaixo do braço, para a Califórnia, terra do ouro, da riqueza, das oportunidades, terra da felicidade. Lá ele conhece Robbin, cantador ‘country que já tem programa de rádio, de quem vira parceiro, e que vive cantando em acampamentos de bóias-frias, sem-terras e sem-emprego daqueles tempos. Robbin era escorraçado dos acampamentos, por sinal muito semelhantes aos acampamentos de sem-terras brasileiros, pelos capangas dos donos das terras, às vezes apanha, porque vive pregando a união dos diaristas em sindicatos.
Os trabalhadores, apesar da opressão e da falta de trabalho, resistem a se organizar. Numa reunião de trabalhadores para discutir a criação da ‘Union’ –Sindicato-, onde ninguém escutava os discursos de ninguém, de repente Woody pega o violão e começa a cantar uma música sobre união e organização. Encantados e alegres, os presentes começam a cantar junto com Woody, num sentimento comum de que a música e a arte ultrapassaram a palavra e o discurso e tocaram no coração.
Woody começa a ficar famoso. Oferecem-lhe programas de rádio com boa remuneração, coisa que ele nunca tinha conseguido na vida, e um agente musical quer levá-lo por todos os Estados Unidos, ‘coast to coast’. Única exigência: deixar de lado as músicas de protesto, ou diminuir sua execução, e cantar baladas ‘country’, tipo música sertaneja brasileira de hoje, falando de amor, saudade e traições amorosas, em vez de músicas com letras sobre a fome dos trabalhadores, suas condições de trabalho, reivindicações e a importância de sua organização contra os patrões exploradores. Ele não aceita as propostas indecentes que o afastariam do povo e do seu sofrimento.
Corta. Março de 2011. Kenneth Maxwel escreve em sua coluna, intitulada "Decadência?”, na Folha de São Paulo: "O resultado surpreendente de um estudo de Charles Blow, colunista do New York Times, é que, em nove categorias, os EUA ocupam posição baixa em seis. Em quatro delas são o ‘pior dos piores’, e estão entre os piores em outras duas. Elas variam de comparações de disparidade de renda, onde na corrida pela última posição os EUA só ficam acima de Honk Kong e Cingapura; a insegurança alimentar (a porcentagem da população que afirma não ter dinheiro suficiente para alimentar sua família nos 12 meses anteriores); e população carcerária por 100 mil habitantes (o número norte-americano é de 743, ante 85 na Alemanha)”. Escreve Blow, citado por Maxwell: "Os EUA são ótimos de muitas maneiras, mas de acordo com diversos indicadores, nos tornamos retardatários do mundo industrializado. Não só não somos o número um –‘USA! USA’ -, como estamos entre os piores do mundo. Essa realidade, e a urgência que ela deveria instilar, é difícil demais para que muitos norte-americanos a digiram. Eles prefeririam continuar a se consolar com platitudes sobre a grandeza americana e a contemplar nosso império em erosão por entre as brumas indistintas do passado esplendor”. A propósito, diz Maxwell, o mais recente lema de Obama é ‘ganhar o futuro’.
Woody Guthrie fez versos sobre a vida do povo norte-americano nos anos 30: "Nas praças da cidade, na sombra de um campanário;/ no intervalo do escritório, eu vi o meu povo./ Tinham fome, e eu estava lá perguntando,/ Esta terra é feita para você e para mim?/ Quando andava, eu vi uma placa,/ e na placa, dizia ‘Não invadir’ (em outra versão, lê-se ‘propriedade privada’)/ Mas no outro lado, ela não dizia nada!/ Esse lado foi feito pra você e para mim”.
Woody, assediado por agentes, emissoras de rádio, todos querendo ganhar dinheiro em cima de sua música, desde que não cantasse as canções com letras de protesto ou sobre a vida do seu povo, decide viajar pelos Estados Unidos para cantar onde o quisessem ouvir: "Eu odeio uma música que faz você penar que você não é nada bom. Eu odeio uma música que faz você pensar que você é nascido para perder. Obrigado a perder. Não serve para ninguém. Não serve para nada. Porque você é muito velho ou muito novo, muito gordo ou muito magro, muito feio ou muito isso, muito aquilo. Músicas que te deixam para baixo ou ridicularizam você por conta de sua má sorte ou dificuldades. Vou lutar com essas músicas até meu último suspiro de ar e minha última gota de sangue. Vou cantar músicas que irão provar a você que esse é seu mundo e como, se isso tem afetado você bastante e batido em você uma dúzia de vezes, não importa qual cor, qual tamanho você tem, como você foi construído. VOU CANTAR AS MÚSICAS QUE FAZEM VOCÊ TER ORGULHO DE SI E DE SEU TRABALHO.”
No Brasil, há muitos cantadores, artistas populares, poetas e educadores que cantam a vida do seu povo como Woody Guthrie. E que não se vendem por meia dúzia de trocados. O nome de muitos, que descubro Brasil afora e me/nos encantam, me vem logo à cabeça. (Não cito nenhum para não fazer graves injustiças.) Os países ricos (e nós também), em meio à crise do capitalismo neoliberal selvagem, tal como em 1930, novamente precisam de quem interprete a alma do povo, de quem ouça seus gemidos e dores, de quem ajude os trabalhadores se organizarem para buscar seus direitos e igualdade, de quem proponha de novo os valores da solidariedade, do bem viver, da justiça e da dignidade, de quem grite bem alto e cante aos ouvidos de todos e todas que um outro mundo é possível urgente e necessário.
Em vinte e cinco de março de dois mil e onze.
Ficha limpa
Metade dos políticos com recurso no STF não conseguirá vagas
A decisão do Supremo que liberou a candidatura de políticos barrados pela Lei da Ficha Limpa em 2010 não deverá beneficiar a maioria dos políticos que pleiteiam vagas porque tiveram desempenho ruim nas urnas.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que liberou a candidatura de políticos barrados pela Lei da Ficha Limpa em 2010 deverá beneficiar, de imediato, vários dos 32 candidatos que estão com recurso tramitando na Corte. Entretanto, para quase metade deles, a decisão não significa a obtenção do cargo pleiteado, já que não obtiveram bom desempenho nas urnas e não seriam eleitos de qualquer forma. Nesses casos, o resultado não seria favorável mesmo com a recontagem de votos da coligação ou do partido e o novo cálculo do quociente eleitoral.Entre os 15 políticos nesta situação, chama a atenção o caso de Francisco Vagner de Santana Amorim, o Deda, do PP do Acre. O ex-prefeito de Rodrigues Alves, município na fronteira com o Peru com cerca de 13 mil habitantes, foi enquadrado na lei por ter sido condenado pelo Tribunal de Contas do estado. Menos famoso que o seu xará Marcelo Déda, que se reelegeu para o governo de Sergipe, o Deda do Acre obteve apenas 17 votos para uma vaga na Assembleia Legislativa.
O candidato Francisco das Chagas Rodrigues Alves, do PTB do Ceará, ficou famoso por ser o primeiro barrado pela Lei da Ficha Limpa pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele teve o registro negado porque foi condenado por compra de votos em 2006. Foi a partir de seu caso que a corte eleitoral decidiu que a Ficha Limpa valeria para 2010. A propaganda negativa pode ter sido decisiva para o fraco desempenho do Dr. Chico Rodrigues nas urnas, pois ele obteve apenas 322 votos para deputado estadual.
Segundo o advogado Rodrigo Lago, especialista em direito eleitoral, são vários os motivos que levam esses candidatos a continuarem com recurso no STF, mesmo que o processo seja caro e demorado. “No caso dos candidatos a deputado, somente a reversão da decisão permitirá que os votos sejam contabilizados para o partido ou para a coligação, fazendo com que a legenda possa até conquistar uma nova vaga. Além disso, eles não foram eleitos, mas podem se tornar suplentes”, disse.
De acordo ainda com o advogado, a decisão de liberar a candidatura também pode beneficiar os candidatos ao Senado não eleitos, como Maria de Lourdes Abadia (PSDB-DF) e Paulo Rocha (PT-PA). “Os majoritários podem ter interesse porque se houver uma ação impugnando resultado das eleições e algum dos senadores sair no futuro, eles podem tomar posse”.
Fonte: Agência Brasil
sábado, 26 de março de 2011
Lula rouba a cena no 40º aniversário da Frente Ampla no Uruguai
Lula rouba a cena no Uruguai
Enviado por luisnassif, sab, 26/03/2011 - Por Ivonildo Douradosexta-feira, 25 de março de 2011
OMC decide a favor do Brasil em disputa com EUA sobre suco de laranja
Suco de laranja: OMC a favor do Brasil
Enviado por luisnassif, sex, 25/03/2011 - 16:49Por Klaus
Do UOL
OMC decide a favor do Brasil em disputa com EUA sobre suco de laranja
GENEBRA, 25 Mar 2011 (AFP) -A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu nesta sexta-feira (25) que algumas taxas antidumping impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de suco de laranja produzido no Brasil violam as leis do comércio internacional.
Em uma demanda apresentada à OMC em 2008, o Brasil denunciou o método utilizado pelos americanos para denunciar dumping no suco de laranja.
O painel de resolução de disputas da OMC aceitou a demanda brasileira em dois pontos, concluindo que os Estados Unidos "agiram de maneira inconsistente" ao aplicar seu polêmico e complexo método de cálculo, chamado de "zeroing".
gundo as autoridades brasileiras, o "zeroing" permitiu aos Estados Unidos argumentar que o Brasil vendia suco de laranja no mercado americano por um preço abaixo do custo no mercado brasileiro.
Amparando-se nesse mecanismo, Washington podia impor em troca sanções com base no Acordo Antidumping da OMC.
Segundo a decisão do organismo de resolução de controvérsias da OMC "os Estados Unidos agiram de forma incompatível com o artigo 2.4 do Acordo Antidumping" da Organização e, com isso, "anularam ou afetaram as vantagens que esse dava ao Brasil".
A OMC pede em consequência a Washington que se adapte estas medidas às normas do comércio mundial.
Ao apresentar sua demanda, as autoridades brasileiras haviam alegado que a "metodologia ilegal" utilizada pelos Estados Unidos "coloca uma sobrecarga injusta sobre as exportações brasileiras".
Vários países membros da OMC denunciaram os Estados Unidos por esse método de calcular o nível de dumping. A União Europea (UE) ganhou um caso contra Washington por essa questão no ano passado.
Os Estados Unidos indicaram que não concordaram quando Brasil apresentou sua ação e asseguraram que defenderão suas medidas. Mas após esses novos casos as autoridades americanas asseguraram que estudam uma reforma do polêmico sistema.
Nessa decisão, a OMC confirma esse ponto e explica que "todos os membros da organização têm grande interesse que, de forma sistemática, seja encontrada no mais breve prazo uma solução duradoura para o controverso assunto da 'redução a zero'".
Os americanos asseguraram que, "embora o grupo especial (da OMC) tenha decidido contra os Estados Unidos, é importante compreender que o Departamento de Comércio Americano (USTR) já deixou de utilizar o procedimento do zeroing" em alguns casos de antidumping desde 2006, assegurou um porta-voz do USTR.
Além disso, acrescentou, o USTR propôs em dezembro de 2010 mudar esse método de cálculo em outros casos, uma proposta que ainda está submetida a análise.