quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Internet: liberdade, direitos e avanços necessários

Do blog do Miro

Sérgio Amadeu e a liberdade na internet



Reproduzo matéria publicada no Blog Serpro:

Há muito tempo que se debate liberdade na internet, a cada grande evento de tecnologia no Brasil reacende-se a discussão sobre a neutralidade da rede. Iniciativas como ACTA, AI-5 digital e Combating Online Infringement levam a crer que os especialistas que participaram do painel sobre o tema na Campus Party Brasil 2011 têm razão. A internet está sob ataque.

A internet deve ter acesso amplo, com interatividade plural e colaboração estimulada é isso que todos os usuários da rede mundial de computadores deveriam defender, porque ela foi criado justamente para esse fim. Mas, ao contrário disso, muitos acreditam no cerceamento dos direitos individuais no mundo digital e criminalizam a internet.

Para os painelistas, os interesses comerciais de grandes corporações são os principais motivos para esse movimento contra a liberdade individual na rede. Mizukami, pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio, defende que muitas empresas buscam criar uma imagem da internet como um ambiente instável e inseguro para influenciar a opinião da sociedade na validação de mecanismo de controle, o que não é falado é que esse controle não afetará apenas os “infrassores virtuais”, mas sim todos os usuários.

Sérgio Amadeu, professor da Universidade do ABC (UFABC) e ativista do movimento software livre, explica que um IP deixa um rastro de todos os caminhos percorridos na internet e por isso não pode ser vinculado publicamente a uma pessoa. “Isso afeta, inclusive, a privacidade de pensamento do indivíduo, uma vez que esses dados sejam controlados ninguém poderá saber de que forma serão utilizados”.

A iniciativa de criminalizar os usuários da rede já é real em alguns países e toma grande proporções em outros. No Brasil, o governo acredita na neutralidade da rede, mas também não concorda com a afirmação de que a internet é uma terra sem lei. A construção do Marco Civil, de forma participativa, é uma iniciativa do governo em aproximar a sociedade civil para debater e os direitos e deveres dos internautas.

Sérgio Amadeu fala sobre os avanços dessa discussão no país, confira!

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