BC reduz Selic em meio ponto
Enviado por luisnassif, qua, 31/08/2011Copom reduz a taxa Selic para 12,00% ao ano
31/08/2011 20:46:00
Brasília – O Copom decidiu reduzir a taxa Selic para 12,00% a.a., sem viés, por cinco votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 12,50% a.a. Reavaliando o cenário internacional, o Copom considera que houve substancial deterioração, consubstanciada, por exemplo, em reduções generalizadas e de grande magnitude nas projeções de crescimento para os principais blocos econômicos. O Comitê entende que aumentaram as chances de que restrições às quais hoje estão expostas diversas economias maduras se prolonguem por um período de tempo maior do que o antecipado. Nota ainda que, nessas economias, parece limitado o espaço para utilização de política monetária e prevalece um cenário de restrição fiscal. Dessa forma, o Comitê avalia que o cenário internacional manifesta viés desinflacionário no horizonte relevante.
Para o Copom, a transmissão dos desenvolvimentos externos para a economia brasileira pode se materializar por intermédio de diversos canais, entre outros, redução da corrente de comércio, moderação do fluxo de investimentos, condições de crédito mais restritivas e piora no sentimento de consumidores e empresários. O Comitê entende que a complexidade que cerca o ambiente internacional contribuirá para intensificar e acelerar o processo em curso de moderação da atividade doméstica, que já se manifesta, por exemplo, no recuo das projeções para o crescimento da economia brasileira. Dessa forma, no horizonte relevante, o balanço de riscos para a inflação se torna mais favorável. A propósito, também aponta nessa direção a revisão do cenário para a política fiscal.
Nesse contexto, o Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012.
O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do ambiente macroeconômico e os desdobramentos do cenário internacional para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária.
Brasília, 31 de agosto de 2011
NAVALHA
A Presidenta lançou um programa de aperto fiscal de longo prazo para, como dizem os economistas, abrir espaço para queda dos juros.
Clique aqui para ler a reportagem da Claudia Safatle no Valor de hoje.
Quem gosta de juro alto é a turma do neolibelê.
Clique aqui para ler a seção de anatomia a que o Delfim submeteu os neolibelês.
Numa conversa com o Belluzzo, na Carta Capital, o Delfim contou que, logo após a explosão da crise de 2008, Lula, ele, o Belluzzo e o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, combinaram que os bancos estatais iam emprestar dinheiro e o Meirelles ia reduzir os juros.
O Meirelles roeu a corda.
E se não tivesse roído, os juros hoje não seriam os maiores do mundo, ainda.
Meirelles foi o presidente mundial do BankBoston.
Tombini é funcionário de carreira do Banco Central.
Paulo Henrique Amorim
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