terça-feira, 31 de agosto de 2010

Timão 100 anos. Lula na festa!

DO CONVERSA AFIADA

Festa de 100 anos do Corinthians
torna-se uma festa do Lula


Sanches homenageia Lula (Da AFP)

A NBR mostrou imagens do presidente Lula com faixa e a camisa número 13 ao lado do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez.

Lá embaixo a galera eufórica.

Foi no Parque São Jorge, que provisoriamente é a sede do Corinthians, que o presidente Lula recebeu o título de Chanceler Honorário do Futebol Brasileiro e candidata-se a dar ao novo estádio do Corinthians em Itaquera o nome de “Lulão”.

Lula e D. Marisa receberam também o “passaporte” corintianos, que dá direito, segundo Lula, a trafegar livremente pela “nação corintiana”.

Lula demonstrou que é um torcedor fanático que entende de futebol.

Lembrou de quando o Corinthians ganhou do Fluminense com Rivelino, da “Academia” do Palmeiras, que tinha Dudu e Ademir da Guia, de quando ia à “Fazendinha” torcer na arquibancada.

Lula aproveitou para tratar de três pontos centrais da indústria do futebol.

Primeiro, a necessidade de o clube receber uma compensação adequada pelo que gastou na formação de um craque.

Segundo, a necessidade de profissionalização.

Ele não entende como times populares como o Bahia e Santa Cruz sofram em divisões inferiores.

Ele não entende o por que o Corinthians não tem 150 mil sócios e possa sustentar-se como o Internacional de Porto Alegre.

Lula incumbiu o Ministro da Previdência, Carlos Gabas, de apresentar um plano de previdência especial para o jogador de futebol.

E para acabar com os cambistas informou que a Caixa está pronta para vender ingressos em toda a rede lotérica.

Lula foi aplaudido de pé.

Bye bye Serra forever.

Clique aqui para ler: “Lula faz o que Serra não fez: Corinthians vai abrir a Copa”.

Paulo Henrique Amorim

Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente.



23/08/2010

Getúlio e Lula: o mesmo combate

Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).

Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.

Um país que tinha tido escravidão até pouco mais de 4 décadas – o ultimo a terminar com a escravidão nas Américas - , que significava que o trabalho era atividade reservada a “raças inferiores”, passava a ter um presidente que interpelava os brasileiros no seu discurso com “Trabalhadores do Brasil”. Fundou o Ministério do Trabalho, deu inicio à Previdência Social, fazendo com que a questão social passasse de “questão de policiai”, a responsabilidade do Estado.

Começou a aparelhar o Estado para ser instrumento fundamental na indução do crescimento econômico que, junto às políticas de industrialização substitutiva de importações, deu inicio ao mais longo ciclo de expansão da história do Brasil. Promoveu a expansão da classe operária, criou as carreiras públicas no Estado, impulsionou a construção de um projeto nacional, de uma ideologia da soberania nacional, organizou um bloco de forças que levou a cabo o processo de industrialização, de urbanização, de modernização do Brasil.

Getúlio pagou com sua vida a audácia da fundação da Petrobrás, no seu segundo mandato. Foi vítima dos tucanos da época, com o corvo mor Carlos Lacerda como golpista de plantão. Tal como agora, detestavam tudo o que tivesse que ver com o povo, com nação, com Estado. Resistiram à campanha “O petróleo é nosso”, como entreguistas e representantes do império norteamericano aqui. A direita nunca perdoou Getúlio.

Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.

A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.

São Paulo, que promoveu uma tentativa de derrubada do Getúlio em 1932 – movimento caracterizado por Lula como uma tentativa de golpe -, promove Washington Luis e o 9 de Julho (de 1932), com nomes de avenidas, estradas e ruas, mas não tem nenhum espaço público importante com o nome do Getúlio. Não por acaso São Paulo representa hoje o ultimo grande bastião da direita, das forças e do pensamento conservador, no Brasil.

Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O NOTA DE TRÊS

DO TIJOLAÇO.COM

A agência Reuters publica uma nota, hoje, dizendo que “já está nas contas da campanha de José Serra (PSDB) que ele pode chegar a apenas 25 por cento das intenções de voto nas pesquisas. Para tentar reverter o atual quadro eleitoral, o candidato deve apresentar uma proposta de impacto, segundo um importante tucano”.

O que seria? Um novo vice? Um plano para privatizar mais? Roriz para Ministro do Supremo? A mudança do Palácio do Planalto para os Jardins?

Hoje, lá em Varginha, ele prometeu 20 milhões de empregos, até 2020. Como, na extra-terrestre hipótese de ele ser eleito, seu mandato iria até 2014 e, reeleito, até 2018, ele já prometeu empregos logo até 2020?

E alguém vai acreditar em promessa de criar empregos de alguém que vem de um governo como o de FHC, que criou menos empregos na soma de oito anos do que a média dos empregos criados em cada um dos anos do Governo Lula até agora?

Pense aí em alguma coisa de impacto para Serra prometer. Quem sabe não mentir mais?

E DEPOIS DE 3 DE OUTUBRO...?!

DO DIRETO DA REDAÇÃO

Quem perde com a eleição

Mário Augusto Jakobskind, Direto da Redação


Três de outubro se aproxima e a se confirmarem os resultados das pesquisas indicando uma vitória avassaladora de Dilma Roussef já no primeiro turno, as análises a serem feitas devem transcender o aspecto político partidário propriamente dito e o significado do fenômeno Lula na história brasileira.

O Presidente da República, segundo indicam as pesquisas, em termos de popularidade ultrapassou Getúlio Vargas em sua época. O então líder trabalhista, além de se eleger em 1950 enfrentando os ancestrais do PSDB e Demo, poucos anos antes elegeu quem parecia inelegível, ou seja, o seu ex-ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, que acabou se tornando um dos piores presidentes que o Brasil já teve, comparável a FHC, inclusive traindo compromissos assumidos durante a campanha.

Tais fatos pertencem à história, mas o principal neste momento é analisar a derrota acachapante que vem sofrendo a mídia de mercado tipo Veja, O Globo, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, TV Globo e outros veículos de imprensa que diariamente se opõem a Lula e a sua candidata. Ou seja, apesar disso, Lula está transferindo praticamente cem por cento dos seus votos para Dilma Roussef, o que os analistas de plantão diziam que jamais aconteceria.

Tanto a mídia de mercado quanto o candidato de oposição de direita, José Serra, esgotaram o estoque de acusações infundadas contra a candidata Dilma Roussef. A aliança PSDB-Dem-PPS desencavou até o emergente da Barra de sobrenome da Costa como vice, para caluniar com base em mentiras. Não satisfeito com as baixarias, encampadas por Serra, da Costa gratuitamente passou a fazer críticas grosseiras a Leonel Brizola, o governador do Estado do Rio de Janeiro por duas vezes, falecido em junho de 2004.Da Costa e Serra são exemplos típicos da baixa política. Serão julgados pelos mais de 135 milhões de eleitores aptos a votar em 3 de outubro.

Da Costa foi indicado para vice por ordem de Cesar Maia, numa estratégia para lançá-lo candidato a Prefeito do Rio de Janeiro em 2012. Para aparecer nas páginas e na TV, o vice de Serra baixou tanto o nível que acabou tirando votos do próprio cabeça de chapa.O Rio de Janeiro daqui a dois anos terá de dar um novo recado nas urnas para a escolha do Prefeito e o quadro que se apresenta, pelo menos até agora, chega a ser vergonhoso.

Da Costa de um lado e Eduardo Paes de outro, cujos projetos, apesar das rivalidades eleitorais, não estão tão distantes assim.Para se ter uma ideia, basta comparar o que Paes vem fazendo atualmente na área da educação, repetindo o receituário do Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do Dem.

Tendo como titular da pasta a senhora Claudia Costin, egressa do PSDB, e prestadora de serviços ao governo FHC na reforma administrativa, a atual secretária de Educação do município do Rio de Janeiro tenta executar um projeto que tem a chancela do Banco Mundial e que terá reflexos negativos não só para os professores, como também para todos os servidores municipais.

Em troca de um empréstimo de 1,9 bilhão de dólares para o Rio, o Banco Mundial exigiu, e Paes está tentando colocar em execução com a ajuda de sua bancada na Câmara dos Vereadores, uma reforma da previdência municipal que prevê a quebra da paridade e diminuição nos vencimentos de aposentados e pensionistas. Ou seja, Paes está querendo ir até as últimas consequências com o receituário neoliberal, que sempre defendeu desde os tempos em que militava no PSDB, o mesmo partido que durante muitos anos abrigou o atual governador Sergio Cabral.

Leitores e telespectadores desconhecem também o que vem acontecendo no Rio de Janeiro, como, por exemplo, que a senhora Costin está tentando incrementar uma formula para os professores do município do Rio idêntico ao existente em São Paulo: a chamada meritocracia em que os trabalhadores no setor de educação serão avaliados por uma comissão que dirá quem vai ganhar mais ou não, graças a vários critérios, inclusive a nota dos alunos. Em função disso, em São Paulo os professores foram divididos em sete categorias. E assim vai, no fundo, o objetivo maior é a competição desenfreada em que a qualidade do ensino propriamente dito é o último a contar, embora Costin diga ao contrário nas páginas da mídia de mercado.

Em recente entrevista a um jornal de São Paulo, Diane Ravitch, ex-secretária adjunta de Educação do governo Bill Clinton criticou com veemência a política de meritocracia, por ela seguida. Segundo Ravitch, o ensino não melhorou e foram detectadas fraudes no processo de avaliação do desempenho dos professores. Quer dizer, Costin copiou um esquema que sabidamente não deu certo nos Estados Unidos e insiste em algo que não resultará em melhora para o ensino, muito pelo contrário.

OS ADEPTOS DE MAITÊ

DO BLOG DO ESCREVINHADOR

Quem semeia fascismo colhe fascismo!

publicada segunda-feira, 30/08/2010

No fim da semana passada, Serra foi aos militares no Rio e “denunciou”: o PT é responsável por uma República Sindicalista. Discurso idêntico ao dos golpistas de 64.

Hoje, leio na Maria Frô que um desses “militantes cibernéticos” (e histéricos) do tucanismo espalhou pela internet a foto que reproduzo abaixo.

Ou seja: quem semeia fascismo colhe… exatamente isso, fascismo!

Deixemos a Maria Frô explicar melhor quem é o responsável pela barbaridade…

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Maitê Proença fazendo escola entre os machos selvagens

O título deste post remete à declaração infeliz dada pela atriz global Maitê Proença, discutida aqui. Parece que Maitê encontrou adeptos da espécie ‘machos selvagens’ e sem noção que tanto aprecia. Um deles se identifica no twitter e no twitpic como @cesaradorno. Em seu perfil encontramos a seguinte descrição: “Cesar Adorno, Bio: Medico Veterinário nascido em Santa Cruz do Rio Pardo neto de imigrantes Italianos,Tucano por ideologia e Sãopaulino de coração!”(sic) No seu avatar vemos um twibbon de apoio ao candidato José Serra. Se é um perfil falso ou não, não podemos afirmar, só podemos deduzir que por trás dele existe um ser sem noção e que acredita que vale tudo na campanha, inclusive incorrer em alguns crimes.

A imagem que vocês podem ver reproduzida abaixo foi editada grosseiramente por algum incauto. As inscrições originais da faixa foram apagadas e em seu lugar foram inseridas mensagens de incitamento à violência contra a mulher, no caso: Dilma Rousseff.

Imagem editada que foi publicada por um usuário do twitpic que se identifica como Cesar Adorno.

As frases fazem apologia ao crime na medida em que remetem ao assassinato bárbaro de Elisa Samúdio, seu suposto mandante e possíveis executores.

domingo, 29 de agosto de 2010

Olê, olê, olá... Dilma, Dilma!

Jornal britânico vê Dilma com vitória nas mãos


29 de agosto de 2010


Por Fábio Oscar, especial para a Rede Brasil Atual

São Paulo – O Financial Times publicou reportagem nesta quinta-feira (26) em que dá como praticamente certa a vitória de Dilma Rousseff (PT) na corrida ao Palácio do Planalto. O jornal britânico usa como parâmetro a pesquisa Datafolha desta quinta-feira que mostra a candidata governista com uma vantagem de 20 pontos percentuais (49% a 29%) ante o segundo colocado, o oposicionista José Serra (PSDB).

O jornal enaltece que ela construiu a liderança apoiada fortemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja popularidade chega a 79% de aprovação. A reportagam destaca ainda o fato de, mesmo no estado de São Paulo, governado por Serra até abril e onde ele esteve sempre à frente, Dilma agora tem vantagem.

De acordo com a nova pesquisa é a primeira vez que Dilma passa a frente de Serra em São Paulo com 41% contra 36% do tucano. A pesquisa mostra que se torna cada vez mais provável uma vitória em 3 de outubro, evitando a necessidade de um segundo turno.

Nesse cenário, ainda de acordo com o Financial Times, haveria continuidade das políticas econômicas e sociais no país pelos próximos quatro anos, por reduzir as chances de mudanças defendidas pelo candidato José Serra.


Rede Brasil Atual

sábado, 28 de agosto de 2010

Dilma abre 24 pontos em cima do segundo colocado

Do Terror do Nordeste

Enquanto não viajo...Dilma abre 24 pontos de vantagem sobre Serra na pesquisa Ibope



Estado de S.Paulo


Após dez dias de exposição dos candidatos à Presidência no horário eleitoral, a petista Dilma Rousseff abriu 24 pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Se a eleição fosse hoje, ela venceria no primeiro turno, com 59% dos votos válidos.


Segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, Dilma chegou a 51% das intenções de voto, um crescimento de oito pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito às vésperas do início da propaganda eleitoral.

Desde então, Serra passou de 32% para 27%. Marina Silva, do PV, oscilou de 8% para 7%. Somados, os adversários da petista têm 35 pontos, 16 a menos do que ela.

A performance de Dilma já se equipara à de Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, o então candidato petista teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas.

Geografia do voto. Dilma ultrapassou Serra em São Paulo (42% a 35%) e tem o dobro de votos do adversário (51% a 25%) em Minas Gerais - respectivamente primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País.

No Rio de Janeiro, terceiro Estado com a maior concentração de eleitores, a candidata do PT abriu nada menos do que 41 pontos de vantagem em relação ao tucano (57% a 16%).

Na divisão do eleitorado por regiões, Dilma registra a liderança mais folgada no Nordeste, onde tem mais que o triplo de votos do rival (66% a 20%%). No Sudeste, ela vence por 44% a 30%, e no Norte/Centro-Oeste, por 56% a 24%.

A Região Sul é a única em que há empate técnico: Dilma tem 40% e Serra, 35%. A margem de erro específica para a amostra de eleitores dessa região chega a cinco pontos porcentuais. Mas também entre os sulistas se verifica a tendência de crescimento da petista: ela subiu cinco pontos porcentuais na região, e o tucano caiu nove.

Ricos e pobres. A segmentação do eleitorado por renda mostra que a candidata do PT tem melhor desempenho entre os mais pobres. Dos que têm renda familiar de até um salário mínimo, 58% manifestam a intenção de votar nela, e 22% em Serra.

Na faixa de renda logo acima - de um a dois salários mínimos -, o placar é de 53% a 26%. Há um empate entre a petista (39%) e o tucano (38%) no eleitorado com renda superior a cinco salários.

Também há empate técnico entre ambos no segmento da população que cursou o ensino superior. Nas demais faixas de escolaridade, Dilma vence com 25 a 28 pontos de vantagem.

A taxa de rejeição à candidata petista oscilou dois pontos para baixo, mas se mantem praticamente a mesma desde junho, próxima dos 17%. No caso do candidato tucano, 27% afirmam que não votariam nele em nenhuma hipótese.

A disparada da candidata apoiada pelo presidente Lula disseminou a expectativa de que ela vença a eleição. Para dois terços da população, a ex-ministra tomará posse em janeiro como sucessora do atual presidente. Apenas 19% dos eleitores acham que Serra será o vitorioso.

Mulheres. Com boa parte de sua propaganda direcionada à conquista do eleitorado feminino - dando destaque à possibilidade de uma mulher assumir pela primeira vez a Presidência -, Dilma cresceu mais entre as mulheres (nove pontos) que entre os homens (cinco pontos).

Na simulação de segundo turno, a vantagem de Dilma entre as mulheres é agora praticamente a mesma que entre os homens, um fato inédito na campanha. O próprio Lula sempre teve mais votos entre os homens.

A pesquisa mostra que 57% dos eleitores já assistiram a pelo menos um programa do horário eleitoral.

Segundo o Ibope, 50% dos brasileiros preferem votar em um candidato apoiado pelo presidente, e 9% tendem a optar por um representante da oposição. Do total do eleitorado, 88% sabem que Dilma é a candidata de Lula.

O governo do presidente é considerado ótimo ou bom por 78% dos brasileiros. Outros 4% consideram a gestão Lula ruim ou péssima.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Humoristas e a seletividade da imprensa golpista

Via blog Brasil Mostra a tua Cara


Humoristas de passeata


Uma passeata, para ser eficiente, tem que ser legítima
Coluna Hildegard Angel – JB – Quarta-feira, 25/08/2010
EM BOA hora, os humoristas saíram em passeata na Praia de Ipanema para protestar contra a impossibilidade de se fazer piadas políticas em época de eleição. A política, como sabemos, é o filé mignon do humor de qualidade… MAS ESSE protesto oportuno se descaracteriza e fica comprometido quando dá a entender que a censura se deve ao governo. Não é verdade… A LEI das Eleições, 9.504, data de 1997 e, na minirreforma, ganhou penduricalhos que a “turbinaram”, com substitutivos e emendas no que diz respeito ao humor, cujos autores têm nome: são os deputados, do PCdoB, Flavio Dino, candidato a governador do Maranhão, e Manuela D’ÁvilaPARA ESSAminirreforma ser aprovada no Plenário da Câmara, os deputados votaram. O TSE apenas cumpre o que está escrito… ENTÃO, NÃO É Lula, não é Dilma, não é o ministro Lewandowski nem é oFranklyn Martins (conforme menção leviana de um dos humoristas desfilantes). São os nossos congressistas!… E ISSO os humoristas da passeata não disseram, não dizem, muito pelo contrário, querem deixar no ar a ideia de que o governo brasileiro cerceia a atividade do humor…

ESSA ATITUDE dúbia, manipuladora, só tira a legitimidade de uma causa que é boa, reduzindo-a a mero instrumento de campanha da oposição… SE NO Brasil de hoje houvesse censura ao humor, nós não teríamos visto, como vimos, no CQC da última segunda-feira, um humorista dizer que o Eike Batista “faturou” a dona Marisa Lula da Silva, nem o humorista ao lado acrescentar que “dona Marisa vai fazer uma coleira com o nome Eike escrito”… ELES SE referiam à atitude descontraída, perfeitamente natural, de ambos, durante um leilão beneficente que o programa acabara de exibir… FOSSE UMA ditadura com censura, como a que já tivemos, na mesma hora os estúdios da Band seriam invadidos por um batalhão militar, Marcelo Tas e seus humoristas seriam presos, colocados no pau de arara, teriam a pele esfolada, a unha arrancada, o olho furado e, se dessem sorte, seriam devolvidos depois pra casa com uma coleira de pregos no pescoço…MAS O mais provável é que virassem “comida pra peixe”, como se fazia na época.

E eu não estou fantasiando. Vi e vivi este filme nos anos 70 no Brasil… POR ISSO, senhores humoristas, façam seus protestos, sim, mas com legitimidade, pra não serem rotulados de humoristas “festivos”, como se usava dizer naquela época negra… OUTRA COISAque está muito na moda dizer, na linha dessa “campanha do medo”, é que há censura em nossa imprensa… NUNCA ANTES neste país se espinafrou tanto (pra não usar outra palavra) um presidente, sua família, seus ministros e aliados como nesta era Lula. E com total liberdade… JAMAIS OUVI, por exemplo, em época anterior, num programa de TV, um comentário tão constrangedor como esse do CQC em relação a uma primeira-dama. E não me venham aqui criticá-la, porque ela se dá ao respeito, sim!…

NOS ANOS FHC, jamais a imprensa tocou no assunto do filho criança do presidente com uma jornalista, morando ambos num conveniente endereço bem longe, em Barcelona, na Espanha… ESSE SILÊNCIO da imprensa não era apenas uma delicadeza com a primeira-dama. Era também o receio de possíveis retaliações comerciais, judiciais, Lei dos Danos Morais etc e tal. Medo que, curiosamente, este atual governo não inspira a jornalista algum. Agora, me digam: onde está a tão proclamada “censura”?…


Do blog do Valdir

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dilma agora 20 pontos a frente

Via blog do Favre

Datafolha: Dilma sobe a 49% e Serra cai a 29%

Datafolha_fim_agosto

Datafolha_fim_agosto_espont

Datafolha_fim_agosto_estados

Infográficos e fonte Folha SP

O valor de um homem

Por Lilian Cordeiro
Do Direto da Redação

Governar não se aprende na escola

Nos anos 60, o brasileiro foi às ruas para protestar contra a ditadura. Nos anos 70, para pedir a anistia dos presos políticos exilados no exterior. Nos anos 80, multidões pediram as eleições diretas. Nos anos 90, o impeachment de Collor. Mas a partir da virada do século e também do milênio, em 2000, parece que o povo brasileiro se aquietou, os ânimos se acalmaram e nunca mais se viu manifestações populares nas ruas.

Mas foi com a eleição de Lula em 2002, quando pela primeira vez em Brasília um presidente foi praticamente carregado nos braços do povo, que o brasileiro passou a respirar um ar mais puro de democracia, fazendo-o confiar mais em seu próprio país. Lula chegou ao poder depois de três tentativas, e quando assumiu o cargo foi como se ele já tivesse sido presidente antes, tamanha a certeza e auto-confiança com que governou nesses oito anos.

Lula enfrentou os mais raivosos adversários e as denúncias de todo o tipo de corrupção; teve que fazer alianças nunca antes imaginadas por ele, nem por ninguém, para poder governar com tranquilidade; desafiou todas as oligarquias ao dizer claramente que não tinha conseguido estudar nos bancos de uma escola, só nos da vida. O que causou revolta e desprezo naqueles que nunca deixaram de ofendê-lo publicamente. Fizeram da Internet palco para gozações e humilhações ao presidente, que deve e tem que ser respeitado acima de todas as diferenças e preconceitos sociais.

Não pretendo tomar partido de Lula, até porque minhas palavras não teriam sentido nem credibilidade. Apenas consigo ver sem os olhos das paixões partidárias o valor de um homem que conseguiu chegar tão longe, apesar de ter tudo para não dar certo na vida. Estudo, educação esmerada, dinheiro, berço, etc. Ele simplesmente foi à luta. Cresceu pobre e sem muitas perspectivas de sucesso, já que não conseguira seguir nenhuma carreira daquelas tradicionais que sempre abrem portas no mercado de trabalho.

Na juventude, o operário de fábrica descobriu em seu ambiente de trabalho que queria mais para a sua categoria, vendo operários passarem dificuldades com salários injustos. Passou a lutar pelos seus direitos e de seus colegas, priorizando a solidariedade através do discurso que aprendeu com a sua própria experiência de vida. A conhecida facilidade de comunicação de Lula não foi cultivada nos bancos escolares, vem da época dos discursos na porta das fábricas.

Agora Lula está chegando ao fim da sua trajetória com tantas vitórias que é difícil enumerá-las. A mais evidente e importante, sem dúvida, foi a de ter alçado o Brasil a nível de superpotência com a outrora “impagável” dívida externa paga e um PIB de fazer inveja a qualquer país desenvolvido e poderoso. Além de ter melhorado a vida de milhões de brasileiros que hoje estão devolvendo a ele o que ganharam durante todos esse anos: os 18 pontos a mais de Dilma sobre Serra, nas últimas pesquisas.

Evidentemente, nada é suficiente para que seus raivosos rivais passem a ter mais respeito pelo que Lula representa e representou durante esses oito anos, um estadista. Vão pintá-lo sempre como mais um populista de esquerda como outros governantes da América Latina, mas não adianta. Para desespero dos que sempre o humilharam e o diminuíram por sua pouca educação e erros de gramática, resta apenas a lição de que governar com carisma, competência, inteligência, perspicácia e credibilidade não se aprende na escola!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mias um discurso histórico de Lula

Do Tijolaço.com

Desculpem a demora em postar, mas precisava acabar de editar um trecho do discurso feito por Lula ontem em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Creio que o trecho que selecionei é um dos grandes momentos da história das lutas sociais do povo brasileiro. Curiosamente, foi pronunciado no dia de aniversário da morte de Vargas, o primeiro governante brasileiro que passou a considerar o povo brasileiro personagem de nossa História. O discurso de Lula mostra que, 56 anos depois, o povo brasileiro está às portas de ser, definitiva e irrevogavelmente, protagonista da História brasileira.

Assista ao vídeo e divulgue. É uma lição para todos nós, uma fogueira em nossos corações, um desempenar de nossas colunas vertebrais, Um levantar de rosto, confiante, seguro, daqueles que portam uma certeza invencível, uma convicção invulnerável, uma esperança que não se apagará.

Viva o povo brasileiro!



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O PIG versus LULA

DO ESCREVINHADOR

“A Imprensa versus Lula”: o livro e os fatos

publicada segunda-feira, 23/08/2010 às 14:06 e atualizada segunda-feira, 23/08/2010 às 14:59

No momento em que jornais brasileiros jogam a toalha e já começam a falar de Dilma como eleita, é hora de lembrar que a turma do lado de lá não está morta. Hora de lembrar do que eles são capazes. Hora de lembrar do quase-golpe tramado em 2005 e 2006.

É o que faço agora. Reproduzo a entevista que concedi ao jornalista Antônio Barbosa Filho, e que ele publicou no livro recém-lançado ”A Imprensa X Lula – golpe ou sangramento”.

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1) Lula elegeu-se na quarta tentativa, enfrentando uma grande resistência de parte da elite empresarial (“risco Lula”), da então situação (Fernando Henrique advertindo que poderíamos “nos tornar uma Argentina”), e da chamada “grande imprensa”. Vc acha que a vitória deveu-se à fadiga das práticas neoliberais na década de 90? Quem foram os derrotados por Lula, nos âmbitos político e econômico?

Sim, a eleição de Lula deveu-se – em parte – a essa “fadiga” com as políticas neoliberais. Esse é um movimento que se observa em toda a América do Sul. O curioso é que nesses outros países os liberais foram alijados do poder, saíram completamente derrotados. Aqui no Brasil a derrota não foi completa. Lula teve que compor com os (neo) liberais, entregando o BC para um ex-tucano, e pactuando com o mercado uma política economica conservadora (pacto expresso na famosa “Carta aos Brasileiros” de 2002; e na administração Palocci na Fazenda). Gostaria de lembrar que, em 2002, Lula não sofreu ataques da chamada “grande imprensa”. A Globo estava fragilizada (com o “default” de sua dívida, herança dos anos de FHC), e os outros veículos compreenderam que – dado o fracasso do segundo mandato de FHC – a vitória de Lula seria inevitável. O que fizeram foi “domar” Lula. Engolir a vitoria, mas garantir que ela não significasse rompimentos. Ainda assim, a eleição de Lula significou, sim, uma derrota para setores que dominaram o Estado brasileiro na década anterior. Ao contrário do que se costuma dizer, Lula não foi “apenas” uma continuidade de FHC. Não! Apesar de conduzir um governo muito moderado, Lula conduziu mudanças emblemáticas em pelo menos 4 áreas: - criação de um mercado consumidor de massas(recuperação do salário-mínimo, do salário do funcionalismo, Bolsa-Familia, política mais agressiva e popular de crédito) – teve papel fundamental no enfrentamento da crise, porque Brasil deixou de depender só das exportações e pôde basear sua recuperação no mercado interno; - respeito aos movimentos sociais – parceria com sindicatos, diálogo com as centrais, com o MST; -recuperação do papel do Estado – fim das privatizações, valorização do funcionalismo, novos concursos públicos, recuperação do papel planejador do Estado (por exemplo, no campo da energia, em que Dilma apoiou a criação de uma estatal para planejar novos empreendimentos hidrelétricos), fortalecimento dos bancos públicos (não mais como financiadores de privatizações fajutas, mas como indutores do desenvolvimento); - política externa soberana – enterro da Alca, criação da UNASUL, valorização de parcerias China, India, Irã; fim do alinhamento com os EUA.

Os três últimos pontos explicam o ódio que latifundiários, “grande imprensa” e parte da velha classe média (que não suporta o avanço de uma nova classe média, e gostaria de ver o Brasil no velho leito de dependência em relação aos EUA) sentem por Lula.

O primeiro ponto, em contraposição, explica porque parte do grande empresariado fechou com Lula: essa turma nunca vendeu tanto, nunca faturou tanto. Lula ampliou as bases do capitalismo brasileiro.

Lula faz um governo social-democrata moderado (e o empresário inteligente gosta disso)

A esquerda sempre pregou a “aliança da classe operária com as classes médias”. No poder, Lula produziu outra aliança: classe operária + grande massa desorganizada (e agora atendida por programas sociais) + grande empresariado.

De fora, ficou a classe média. Que berra na imprensa, ou em certos blogs onde corre o esgoto da direita. Esse povo é que tentou derrubar Lula em 2005 – com um discurso udenista.

2) Contabilizo pelo menos dez “crises” fabricadas pela oposição e pela mídia nesses sete anos de governo Lula, do mensalão às epidemias, da política indigenista à importação de aviões para a FAB, do PNDH 3 ao “Estado policial” apontado por Gilmar Mendes. Em que momentos vc acha que a governabilidade esteve mais ameaçada?

Sem dúvida, esteve mais ameaçada em 2005. Ali, pensou-se em derrubar Lula. O movimento não foi adiante porque prosperou entre os tucanos a tese de “sangrar Lula” até a eleição, para que ele não saísse como “vítima” – mas humilhado, derrotado eleitoralmente.

Os tucanos só não tinham previsto que Lula já criara com as massas uma ligação que o fez forte de novo em 2006.

Ao contrário de 2002, em 2006 a “grande imprensa” foi pra cima de Lula porque entrou em desespero ao ver que o “sangramento” não surtira efeito.

Ressalto, também, que o PT cometeu muitos erros. E que não é saudável nem honesto jogar toda a culpa da crise de 2005 para a imprensa.

Lula pagou o preço por fechar uma aliança heterodoxa – com PL, PTB, PP – para governar. Além disso, o PT perdeu combatividade, acomodou-se nos acordos de bastidor. Preferiu a conciliação com velhos inimigos. Na primeira crise, os novos aliados mostraram que não eram aliados de verdade.

Tudo isso é fato.

Mas o que não dava pra aceitar, em 2006, era ver o chamado “jornalismo seletivo” - a chamar o Mensalão de “maior escândalo da história”. E quem eram os “denunciantes”? ACM, o PFL e os tucanos.

Acho que o eleitor entendeu do que se tratava…

3) A mídia tradicional engajou-se numa campanha cerrada de desgaste do Governo Lula, com denúncias quase semanais, além da visível “blindagem” das oposições. Como vc vê esta postura da mídia, agindo como partido (segundo a própria presidente da ANJ)?

Essa postura ficou mais clara a partir da campanha de 2006, e sobretudo no segundo mandato de Lula.

Em parte, essa postura se explica pelo fato de esses veículos serem os representantes dos setores derrotados pelo projeto (ultra-moderado, repita-se) de Lula.

Mas há mais que isso. Há dinheiro em disputa. Um articulista da “Folha” deixou isso muito claro em 2009, ao reclamar do que chamou de “Bolsa Mídia”. O governo Lula (sobretudo depois da entrada de Franklin Martins na SECOM) passou a distribuir verbas públicas de publicidade não apenas para os 100 ou 200 maiores veículos – como se fazia antes. Mas para 2000 ou 3000 – espalhados por todo o país.

Ou seja, a fatia ficou (um pouco) menor para “Folha”, “Estadao”, “Veja”, “O Globo”.

Eles querem “Bolsa Midia” só pra eles!

Fora isso, Lula quebrou o papel “mediador” da velha imprensa. Ele não fala mais “através” da imprensa. Ele fala direto com os cidadãos. Isso incomoda muito os velhos barões da imprensa.


4) Vc chegou a ouvir de alguém do Governo manifestação de apreensão quanto à governabilidade? Algum receio concreto de um golpe? Ou a campanha permanente visava apenas “sangrar”, mas não derrubar Lula?

Como já expliquei em resposta anterior, a campanha era pra “sangrar”. Aparentemente, ninguém realmente importante chegou a pensar em um golpe tradicional. Derrubada, se viesse, viria pelo Parlamento. Setores do então PFL (hoje DEM) chegaram a projetar essa hipóteses em 2005. Mas não vingou. Faltava a eles gente pra botar na rua. E Lula tnha povo para defendê-lo. Ficaram com medo de repetir 1954, transformando Lula num novo Getulio.


5) Explorou-se bastante as manifestações do general Augusto Heleno, como qualquer outra inquietação na caserna. Vc acha que a oposição a Lula e a mídia tentaram de alguma maneira “sublevar” algum setor ou alguma liderança militar? Como vc vê a conduta dos militares durante o Governo Lula?

Tenta-se trazer os militares (especialmente os mais antigos, da reserva) para esse movimento radicalizado da classe média anti-Lula. Pra isso, exploram-se dois temas caros aos militares da velha guarda: o suposto alinhamento de Lula com a esquerda latino-americana, e as tentativas (tímidas) de se abrir arquivos e levar a julgamento responsáveis por tortura e assassinatos durante a ditadura.

Na reação ao PNDH-3, isso ficou muito claro.

Não creio que um golpe hoje teria a configuração do golpe de 64. Militares da reserva fazem barulho. Mas golpe, se vier, terá uma aparência de legalidade (no modelo hondurenho).

Hoje, creio, a artilharia da mídia é mais pesada (e muito mais perigosa) do que os canhões dos militares.
6) Em recentes encontros, os proprietários dos meios de comunicação brasileiros têm deixado claro que farão “tudo que for possível” para evitar a vitória de Dilma Roussef. De que maneira tal interferência pode ameaçar a lisura do pleito, ou mesmo dificultar a posse da candidata da situação, caso eleita? Em síntese: o processo democrático corre risco neste ano eleitoral?

Em encontro do Instituto Millenium, e em declarações posteriores da presidenta da ANJ (Judith Brito), a mídia deixou claro que se organiza como um “partido”. Em vez de repercutir as falas e os posicionamentos da oposição, a mídia ocupou o lugar dos partidos de oposição – de forma explícita – produzindo programas, estratégias, conteúdos – que depois são utilizados pelas siglas de oposição.

O grande partido de oposição hoje no Brasil chama-se PIG (o Partido da Imprensa Golpista – detectado por Paul Henrique Amorim, com auxílio do deputado Fernando Ferro do PT-PE), e suas sublegendas são Veja, Globo, Folha, RBS, Zero Hora…

Essa turma já deu mostras de que vai radicalizar em 2010. Se sentir que pode empurrar Serra pra vitória, vai usar todas as armas –não creio em golpe clássico, mas em pequenos golpes de terror (com informações falsas ou distorcidas) a tentar influir na decisão do eleitor, às vésperas do pleito.

Não creio que tenham força para influenciar TSE, ou para fraudar a eleição.

Mas ainda possuem força para gerar pânico, para disseminar mentiras. Por isso, é preciso ficara atento em 2010. Será a eleição mais suja desde Collor em 89.


7) Várias das “crises” foram esvaziadas pela imediata resposta e esclarecimentos feitos pela chamada “blogosfera”. Qual o papel da internet e dos blogs independentes na fiscalização da mídia cartelizada, e da defesa da informação mais fiel? Em que momentos a blogosfera conseguiu maior sucesso no desmascaramento de “crises” e/ou tentativas de golpe midiático?

A blogosfera tem um papel importante, mas não devemos superestimá-lo. Ainda geramos pouco conteúdo próprio, não conseguimos criar uma “contra-pauta” àquela que a mídia tradicional impõe ao Brasil. O que fazemos é denunciar que a mídia tem lado, tem partido. Ajudamos a tirar a máscara da neutralidade e da imparcialidade que eles tentaram vestir nos anos 90…

Verdade que Folha, Globo, Veja ajudam bastante nesse processo de arrancar as máscaras. Eles adotam um comportamento quase “didático”, que facilita o trabalho da blogosfera.

Mas voltando à sua pergunta: a blogosfera teve um papel importante já desde 2006 - por exemplo, ao repercutir o belíssimo trabalho de Raimundo Pereira, na “CartaCapital”, que desmascarava o serviço sujo feito pela Globo nas vésperas do primeiro turno (naquela oportunidade, um diretor da Globo chegou a dizer na redação que, “se fosse só a revista nem valia a pena responder, mas a denúncia contra nós correu a internet, é algo muito grave”);

- mais recentemente, a blogosfera reagiu à Folha em dois episódios – quando o jornal chamou a ditadura de ditabranda (o blogueiro Eduardo Guimaraes comandou um protesto que levou 500 pessoas pra porta do jornal, e obrigou os Frias a se desculparem, ainda que de forma envergonhada), e quando o diário publicou uma ficha falsa de Dilma na primeira página (a reação foi tremenda, desmoralizando a Folha, provocando cancelamento de assinaturas…);

- em 2010, tivemos o espisodio da vinheta dos 45 anos da Globo (propaganda subliminar de Serra, com o número e o slogan do candidato); a blogosfera reagiu, e a Globo tirou o comercial do ar (porque teve também, ressalte-se, oposição interna de artistas que não aceitaram ser usados nessa manobra sórdida).


domingo, 22 de agosto de 2010

LULA VEM AÍ PARA VIRAR O JOGO

DO BLOG DO ESMAEL MORAIS

Análise: Rendição de Serra ao “lulo-petismo” abaterá candidaturas de Alckmin, Richa, Rosalba, Perillo

do blog Os Amigos do Presidente Lula

Beto na berlinda (Denis Ferreira Netto).

José Serra (PSDB/SP), mandou às favas os escrúpulos quando viu que iria perder, e desonrou seu partido, seus correligionários e seus eleitores fiéis, ao se render ao “lulo-petismo” e tentar usar de forma pirata, desonrosa e humilhante a imagem do presidente Lula em seu programa de TV.

Independente da falta de honra e de ética, a decisão tem lógica no cálculo político dos inescrupulosos. Segue a lógica do “perdido por 100, perdido por 1.000″.

Os demo-tucanos estariam apoiando em peso a tática imoral de Serra se a eleição fosse só presidencial, se não fosse casada com a eleição de governadores, senadores e deputados.

Não haveria mais nada a perder mesmo, então, para quem não tem escrúpulos, antes perder por 1.000 tentando um estelionato eleitoral, do que perder por 100 bovinamente.

O problema é que, se Serra não tem nada a perder, há candidatos a governadores e senadores demo-tucanos ainda bem colocados nas pesquisas, que tem muito a perder.

Eles não estão na situação de Serra, não estão “perdidos por 100″, mas a estratégia de Serra de rendição ao “lulo-petismo”, coloca as candidaturas de Alckmin, Richa, Rosalba, Perillo, Agripino, Cesar Maia, no rumo do “perdidos por 1.000″.

Abriu-se uma guerra interna irreparável entre a campanha presidencial demotucana e as campanhas estudais. Roberto Jefferson (PTB/SP) detona Serra em público, e está vocalizando o que Alckmin e os outros gostariam de estar dizendo.

Serra só pensa em salvar a própria pele. Se lixa para seu partido e correligionários. Para Serra, perdido por 100, perdido por 1.000, e nestes 1.000 perdidos inclui Alckmin, Aécio, Perillo, Richa, Rosalba e quantos governos estaduais e cadeiras no senado e na câmara tiver que se danar.

Os demo-tucanos estaduais pensam diferente, é óbvio. Se esta é a eleição derradeira de Serra, não é de muitos outros políticos, que tem muito o que perder nos próximos anos. Para eles, Serra virou a carga a ser jogada fora do avião, para tentar evitar a queda.

Quem conhece Serra, sabe que ele não é de aceitar ser jogado fora como contrapeso. Deverá elevar o tom da campanha com mais baixarias, jogos sujos, com contradições, com mais rendição ao “lulo-petismo”, a cada vez que ele achar que é a última bala na agulha que dispõe.

Lula e Dilma já são um grande trunfo para Mercadante (PT/SP), Osmar Dias (PDT/PR), Iberê Ferreira (PSB/RN) e outros aliados de Lula e Dilma, que ainda estão atrás nas pesquisas, para virar o jogo. Outro trunfo inesperado, que caiu do céu para estes candidatos nos estados, é a campanha tresloucada de Serra.