sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Os verdadeiros planos da grande mídia e do Zé: vender o que restou do processo de privataria

Via Terror do Nordeste

Serra: o pau mandado de Wall Sreet


Existe uma grande diferença entre se exilar e fugir. A carreira de embusteiro de Serra começou no golpe militar de 64, quando FUGIU covardemente assim que viu a fotografia da junta militar estampada nas capas dos jornais e revistas. (Pode não ter sido literalmente assim, mas conhecendo o caráter do sujeito, me dou o direito de supor.) Ninguém se “exila” na jaula do leão (EUA). Serra correu para o Chile e de lá para os EUA. Mais tarde, se auto-proclamou “exilado político” entrando de penetra na lista dos verdadeiros exilados. Fraudes afora e 30 anos de “carreira”, hoje não passa de um sabão em pó que desfila ao lado das Casas Bahia nos intervalos da novela. Se impôs como realizador de obras de ficção e bola da vez da direita. Mas com as evidências de sua fraqueza de caráter e falta de carisma, o próprio PIG acabou se impondo a ele. Resultado: perdeu o controle sobre sua campanha, abraçou a ultra-direita, fez renascer das cinzas a TFP (veja aqui) e agora o fundamentalismo religioso, a intolerância homofóbica e machismo tomaram a dianteira de sua campanha. Se continuar neste ritmo, logo prometerá que, eleito, vai impor a pena de morte por apedrejamento às meninas que fazem sexo sem casamento, aos gays que legalizam sua relação, além de garantir a construção de campos de concentração para o confinamento de todas as minorias “impuras”.


Independente de como terminar esta eleição, uma coisa é certa: a candidatura Marina Silva despertou sentimentos medievais e um movimento de caça às bruxas que, mesmo baseados em mentiras e alimentando superstições, pensávamos estarem superados em nossa sociedade. Trouxe à tona a ira dos hipócritas da classe média que criminalizam o aborto de dia e levam suas filhas, namoradas ou esposas às clínicas “assassinas de fetos” de noite. Se depender dos cães raivosos contratados por Serra para distribuir e-mails, boataria, vídeos e cartazes associando Dilma e o PT ao demônio – todas as adolescentes que usam métodos abortivos como o Citotec, vendido ilegalmente na cracolândia paulista, ou agulhas de tricô, devem arder em fogueiras nas praças públicas em vez de receberem assistência médica para não morrerem de hemorragia uterina.

Uma coisa é a multiplicação dos seguidores, promovida pelos padres e pastores através da fé religiosa do povo. Outra é usar essa mesma fé a serviço da multiplicação dos votos, caluniando Dilma sobre a questão do aborto, quando, ironicamente, o próprio Serra assinou a lei que autoriza a rede pública de saúde a fazer o aborto quando era ministro de FHC. (veja aqui)

Mas, deixando de lado a questão religiosa – que Serra nunca deveria trazer ao processo eleitoral – o que está em jogo nestas eleições, para variar, é o destino da riqueza do solo e particularmente do subsolo brasileiros. Multinacionais arrasadas pela recente crise financeira internacional não deixam de apontar seu olhar faminto pelo vil metal ao nosso paraíso tropical, sem vislumbrarem as voluptuosas perspectivas de colheita fácil e abundante. Mas, a pedra no sapato, o estraga prazeres dessa máfia internacional de banqueiros, é o atual governo brasileiro que insiste em proibir-lhes chafurdarem em nossas riquezas (veja aqui).

A PPSA – Pré-Sal Petróleo S.A. – recentemente criada pelo governo Lula – só terá vida própria, dará autonomia ao Brasil para à exploração do Pré-Sal e destinará os recursos ao desenvolvimento brasileiro, se Dilma Rousseff for eleita. Já Serra daria o sinal verde, e os executivos da Exxon Mobil, Occidental Petroleum, Royal Dutch Shell etc, iniciariam os preparativos para receberem as concessões de exploração deste imenso tesouro. E não há dúvidas de que, sob o capitalismo neoliberal do PSDB, e principalmente neste caso, ninguém seria generoso com a nação posta novamente de joelhos aos interesses das elites: tomariam posse e escravizariam a mão de obra brasileira na extração do óleo. Como sempre fizeram em outros países.

Essa trágica visão apocalíptica teria um fantoche como presidente que seria adulado e veiculado nas capas da Veja e Caras como o grande brasileiro progressista à altura de Getúlio Vargas ou até (por que não?) de Juscelino Kubitschek. Se manteria mergulhado na futilidade de sua peculiar inércia, terceirizando seu governo como fez em São Paulo e mandando de volta à senzala o restante dos brasileiros novamente reduzidos a vira-latas.

Boa parte dos eleitores de Serra sabe que vota num pastel de vento enganador e sem escrúpulos. Mas, seu voto, longe de ser a favor do tucano, é, basicamente, contra o PT. Afinal, 30 anos de imprensa manipuladora na cabeça não é de se desprezar… Votariam até em Tiririca para presidente se o palhaço estivesse enfrentando o PT. Aliás a maioria dos eleitores do Tiririca votaram em Serra e Alckmin no último dia 3. Aposto.

Toda essa campanha de difamação da candidata que se compromete a dar continuidade ao melhor momento econômico e social da história deste país, usa de todo tipo de artifícios para camuflar os verdadeiros interesses escondidos no processo eleitoral. Se desnudarmos todo o aparato midiático e sua movimentação traiçoeira, só uma coisa se revelaria ao olho nú: o interesse urgente de grupos internacionais na concessão e privatização das riquezas brasileiras – especialmente o Pré-Sal. O resto são mesquinharias, preconceito e inveja das elites locais. O comitê central da campanha de Serra não mora no Brasil.


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