Presidente terá de levar com ele acervo que inclui de obras de arte a facas de churrasco
Mariana Londres, do R7, em Brasília
Ao observar as prateleiras da sala onde os presentes estão armazenados, no Palácio da Alvorada, é fácil perceber a diversidade. Em uma mesma prateleira, estão um vaso de cristal verde, entregue pela rainha Silvia, da Suécia, e uma caneca de vidro do Fluminense. Em outra estante, está guardado um capacete que foi do ídolo Ayrton Senna, ao lado de outros capacetes.
Um dos presentes de maior valor histórico recebido pelo presidente é a Ordem do Elefante, dada pela rainha da Dinamarca, Margrethe 2ª. A ordem, cravejada de brilhantes, é a maior condecoração dinamarquesa. A lei do país exige que o presente seja devolvido quando o presenteado morre. Mas não foi o que fez a França, como explica o diretor do Escritório de Documentação Histórica, Claudio Soares Rocha.
- Está exposta no Museu do Louvre a Ordem do Elefante que foi dada ao rei Luís 14.
Outros objetos de valor são uma maquete do Palácio Imperial do Marrocos, inteira em ouro. A maquete foi presente do rei do marroquino, Mohammed 6º. Do rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Abdulaziz Al-Saud, Lula recebeu uma espada em ouro cravejada de brilhantes, esmeraldas e rubi. Do filho do rei, ganhou uma segunda espada, toda em ouro branco.
Dos objetos populares, Lula tem uma coleção do seu time do coração, o Corinthians, que nem mesmo o diretor de documentação histórica sabe dimensionar. Conjuntos de facas de churrasco também são dezenas.
- Como as pessoas sabem que ele gosta de churrasco, mandam esses conjuntos. Muitos desses presentes são dados pessoalmente ao presidente ou a algum integrante da equipe dele, em viagens. Ele ganha muitos presentes.
Dos objetos de valor histórico, estão no acervo de Lula os diplomas de seus mandatos, expedidos pelo TSE e a caneta que ele usou para assinar a sua primeira posse. Na ocasião, Lula pediu emprestada a caneta dourada do então presidente do Congresso, Ramez Tebet.
- A caneta está no acervo. Não é uma caneta qualquer. É uma caneta que foi emprestada pelo presidente do Congresso para Lula assinar o termo de posse. Por isso adquiriu valor histórico.
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