BORIS E MITRE: ESCORREGÃO
Ato falho é aquela situaçãozinha quando, em outras palavras, você se entrega.
Na questão eleitoral de hoje, com a dobradinha entre a direita raivosa do Brasil e a chamada "grande" imprensa, as vezes vemos nítidos escorregões.
Todo cidadão minimamente inteligente já detectou onde estão os senhores (e senhoras) que fazem uma cobertura partidarizada, torcendo descaradamente para um "certo" candidato, que mais reflete seu alter ego. Afinal, elites não podem ser confundidas com povo. Elites nasceram pra mandar. E assim tem que ser.
No Jornal da Noite da Bandeirantes, na madrugada de quinta para sexta, há duas coisas a serem verificadas. Primeiro, o ódio incontido de Boris Casoy por tudo o que é de esquerda.
Analisando as "microexpressões" (essa nova moda da psicologia que rendeu até uma série de TV nos EUA), o jornalista que no primeiro dia de 2010 chamou os garís brasileiros de "merda", se revela. Aliás, temo que ele nem faça questão de se esconder. Ao falar de Hugo Chávez, Ahrmadinejad, das Farc e claro, do PT, Boris mal consegue segurar no canto da boca, seu veneno. Existe alí definitivamente, um ódio brutal em relação a tudo aquilo que é diferente dele.
Boris, sabemos, é um ser superior. Lindo, magestoso, inteligente. Injustiça que ele não seja ministro de alguma coisa.
A outra coisa a se notar no episódio do jornaleco da madrugada, é o escorregão de Fernando Mitre*.
Ciente de que ficar metendo a ripa em Dilma faz o PSDB perder votos, o partido de Serra desistiu de falar tudo abertamente. Para isso então, escalou seus cães de guarda da mídia nacional. Sendo assim, tudo o que vem de nefasto contra o único partido corrupto do Brasil, parte da imprensa.
Não é minha teoria. Você mesmo pode comprovar. A tucanada não mete mais o pau em seu programa eleitoral de TV*. Repassou o encargo pra vassalagem do jornalismo.
O que houve foi que Mitre, ao comentar a pesquisa mais recente do Datafolha (que é diferente daquela promovida pelo IG/Vox Populi/Band), disse o seguinte. Que a "oposição" vai continuar promovendo denúncias de corrupção.
Ora, mas se não é o PSDB quem as veicula e sim a mídia, quem está promovendo as denúncias?
Mais do que isso. Se é a oposição quem procura os atos de corrupção, fica claro que a mídia trabalha para ela, afinal, porque a imprensa não divulga os atos de corrupção existentes na demotucanolândia?
E não é só isso. Com seu breve comentário, Mitre dá demonstração inequívoca de que a oposição é a imprensa, fazendo óbvio aquilo que também sem querer, outros jornalistas já deixaram escapar. Com a incompetência absoluta dos tucanos, o papel de ir contra o governo foi assumido "graciosamente" pelos que deveriam nos informar.
* Fernando Mitre é o mesmo homem que nas eleições de 89, teve que ouvir de Lula: "mas você não me deixa falar". O que acontecia era que naquela situação, Lula abria a boca e 20 segundos depois, era interrompido por Mitre. Expediente esse, usado até hoje quando não se suporta um candidato a quem se está entrevistando. Basta dar uma olhadinha entre outras, nas entrevistas de Dilma e Serra no Bom Dia Brasil. Quem você acha que nunca era interrompido?
Clique aqui para ouvir Boris e Mitre desfiando seus rosários.
Clique aqui para ver Lula falando o óbvio. Que a imprensa tem partido.
Clique aqui para ver programetes que a tucanolândia tem soltado, por aí.
Clique aqui para assistir ao vídeo onde Dilma esculacha a Folha de S. Paulo.
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