DILMA E A IMPRENSA Por Alberto Dines em 25/2/2011 Comentário para o programa radiofônico do OI, 25/2/2011 | |
A participação da presidente Dilma Rousseff nas comemorações dos 90 anos da Folha de S. Paulo ofereceu mais alguns elementos para compor uma "Doutrina Dilma para a Mídia". A presidente concordou em escrever um texto sobre a efeméride no jornal, mas não mencionou o nome da Folha. Compareceu e discursou no evento na Sala São Paulo(segunda, 21/2) porque ali estavam representados todos os poderes, mas na sua oração embutem-se alguns reparos que não podem ser ignorados. O mais importante deles é a sua saudação a uma imprensa livre e plural. Novas posições O adjetivo plural merece uma análise mais atenta porque raramente é utilizado nas proclamações a favor da imprensa. Ao contrário: sua utilização é mais freqüente nos círculos e textos que criticam a concentração e a falta de diversidade da nossa mídia. A sutil lembrança de que o primeiro periódico brasileiro foi impresso no exterior para escapar do controle da censura inquisitorial também não pode passar despercebida porque, em 2008, tanto a Folha como a maioria dos grandes veículos brasileiros ignoraram ostensiva e coletivamente os 200 anos da entrada do Brasil na Era Gutenberg. De forma discreta, em clave baixa, a presidente Dilma Rousseff marca novas posições e demarca-se de outras sugerindo indiretamente à imprensa um comportamento menos badalativo e mais perspicaz, menos ruidoso e mais profundo. |
sábado, 26 de fevereiro de 2011
DILMA E A IMPRENSA: O RECADO DA PRESIDENTA
Do Observatório da Imprensa
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