Fanatismo midiático
O sensacionalismo, e a tragédia explorada em forma de show pela imprensa, continua irresponsável no noticiário sobre a escola em Realengo, no Rio de Janeiro.
Ontem, o programa Fantástico da TV Globo, procurou "apimentar" a trama, requentando a hipótese do "terrorismo islâmico".
Só que a TV estava cansada de saber que não tem qualquer conexão, pelo simples fato de que, se o psicótico fosse recrutado por organizações, o alvo seria algum endereço ligado à países que tenham tropas em guerra contra muçulmanos, e não a escola bem brasileira em que ele estudou.
Hoje, o Jornal Nacional, foi mais sóbrio no teste de hipótese, mas continua afoito em sensacionalizar o noticiário. Aliás, a polícia civil do Rio também deveria moderar o apetite da mídia, não fornecendo acesso precipitado à materiais de perícia, antes de uma melhor avaliação de como informar assuntos sensíveis, e do quanto tornar público uma informação ainda em investigação pode ajudar ou prejudicar.
Com o psicótico morto, não podendo ser mais diagnosticado, é possível traçar algumas dezenas de perfis psicológicos com base em interpretações do comportamento e possibilidades, mas qualquer perfil poderia ser o certo ou todos eles errados. Por isso, há muita dose de "chute" em tudo que é dito por "especialistas" (os honestos são os que admitem isso).
Mesmo os escritos deixados e já tornados públicos, dá a entender que o psicótico teve uma formação religiosa, mas encontrava-se isolado das religiões, fazendo uma interpretação deformada da realidade e da própria fé.
A influência sobre ele não era mais de sacerdotes, nem das escrituras sagradas, onde não se encontram palavras como "Aeroporto", nem "Aviões", encontrados em seus escritos. Isso vinha do noticiário midiático que, aparentemente, despertava seus delírios.
Antes da imprensa falar em fanatismo religioso, que tal falar em fanatismo midiático?
É daí que vem o maior perigo de influenciar a loucura de outros loucos, que se perdem em sua insanidade na busca de fama através da destruição espetacular, irresistível aos canais de TV em busca de audiência.
A mídia não faz o louco, mas oferece o palco para seus delírios.
Quem precisa deitar no divã de psicólogos especialistas é a mídia, para ajustar a conduta de como noticiar os fatos sem despertar o instinto do espetáculo nos loucos, tão caro às vítimas.
Ontem, o programa Fantástico da TV Globo, procurou "apimentar" a trama, requentando a hipótese do "terrorismo islâmico".
Só que a TV estava cansada de saber que não tem qualquer conexão, pelo simples fato de que, se o psicótico fosse recrutado por organizações, o alvo seria algum endereço ligado à países que tenham tropas em guerra contra muçulmanos, e não a escola bem brasileira em que ele estudou.
Hoje, o Jornal Nacional, foi mais sóbrio no teste de hipótese, mas continua afoito em sensacionalizar o noticiário. Aliás, a polícia civil do Rio também deveria moderar o apetite da mídia, não fornecendo acesso precipitado à materiais de perícia, antes de uma melhor avaliação de como informar assuntos sensíveis, e do quanto tornar público uma informação ainda em investigação pode ajudar ou prejudicar.
Com o psicótico morto, não podendo ser mais diagnosticado, é possível traçar algumas dezenas de perfis psicológicos com base em interpretações do comportamento e possibilidades, mas qualquer perfil poderia ser o certo ou todos eles errados. Por isso, há muita dose de "chute" em tudo que é dito por "especialistas" (os honestos são os que admitem isso).
Mesmo os escritos deixados e já tornados públicos, dá a entender que o psicótico teve uma formação religiosa, mas encontrava-se isolado das religiões, fazendo uma interpretação deformada da realidade e da própria fé.
A influência sobre ele não era mais de sacerdotes, nem das escrituras sagradas, onde não se encontram palavras como "Aeroporto", nem "Aviões", encontrados em seus escritos. Isso vinha do noticiário midiático que, aparentemente, despertava seus delírios.
Antes da imprensa falar em fanatismo religioso, que tal falar em fanatismo midiático?
É daí que vem o maior perigo de influenciar a loucura de outros loucos, que se perdem em sua insanidade na busca de fama através da destruição espetacular, irresistível aos canais de TV em busca de audiência.
A mídia não faz o louco, mas oferece o palco para seus delírios.
Quem precisa deitar no divã de psicólogos especialistas é a mídia, para ajustar a conduta de como noticiar os fatos sem despertar o instinto do espetáculo nos loucos, tão caro às vítimas.
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